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Mococa fica na pior posição em ranking nacional de bem-estar urbano, revela índice de municípios





O Observatório das Metrópoles, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, e Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, o IPPUR, está divulgando o Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros, o IBEU Municipal.

Segundo o levantamento inédito, que avaliou as condições urbanas dos 5.565 municípios brasileiros, a cidade de Buritizal ficou em 1º lugar dentre todos os municípios (IBEU: 0,951), seguida de Santa Salete (IBEU: 0,941), Taquaral (IBEU: 0,937), Dirce Reis (IBEU: 0,936) e Santana da Ponte Pensa (IBEU: 0,936), todas no Estado de São Paulo; sendo que o pior índice é o da cidade maranhense de Presidente Sarney (IBEU: 0,444).

A pesquisa contemplou os quesitos Mobilidade Urbana (como o tempo de deslocamento de casa para o trabalho); Condições Ambientais (arborização, esgoto a céu aberto, lixo acumulado); Condições Habitacionais (número de pessoas por domicílio e de dormitórios); Atendimento de Serviços Coletivos Urbanos (atendimento adequado de água, esgoto, energia e coleta de lixo); e Infraestrutura Urbana.

Infraestrutura: principal problema urbano dos municípios - “Podemos observar nos dados divulgados que são grandes os problemas urbanos dos municípios brasileiros. Se tivermos que apontar aqueles que são mais gritantes, poderíamos resumir assim: o principal problema urbano dos municípios brasileiros é de infraestrutura (pavimentação, calçamento, iluminação pública etc.), seguido do atendimento de serviços coletivos (esgoto, coletva de lixo etc.), mas para as áreas metropolitanas, além da infraestrutura e serviços coletivos, apontamos o problema da mobilidade urbana, o que agrava mais ainda as condições de bem-estar urbano das metrópoles brasileiras.

Em uma análise regional, podemos concluir que há grandes disparidades de bem-estar urbano no país, tendo em vista que as condições urbanas são piores nas regiões Norte e Nordeste e melhores nas regiões Sudeste e Sul, sendo a Região Centro-Oeste um espaço de transição das condições de bem-estar urbano. Isso significa que as disparidades de bem-estar urbano, manifestadas regionalmente entre os municípios brasileiros, se apresenta como uma questão nacional, mesmo que sua solução passe por políticas urbanas que devem ser adotadas no âmbito do município”, avaliam os organizadores do levantamento, Luiz César de Queiroz Ribeiro e Marcelo Gomes Ribeiro.

“Esperamos que a divulgação dos resultados do IBEU-Municipal possa contribuir para a avaliação, o monitoramento e a elaboração de políticas urbanas nos municípios brasileiros, a partir da adoção de estratégias nacionais de desenvolvimento urbano”, completam.

Mococa no Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros – Segundo os indicadores do Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros, do Observatório das Metrópoles/UFRJ/IPPUR, Mococa ocupa a 364ª posição no ranking nacional, com IBEU Municipal de 0,893, o que corresponde à condição boa de bem-estar urbano.

Nos quesitos Mobilidade Urbana, Mococa recebeu a nota 0,944; Condições Ambientais Urbanas, nota: 0,980; Condições Habitacionais, nota: 0,900; Serviços Coletivos Urbanos, nota: 0,969; e Infraestrutura Urbana, nota: 0,673.

Região – Na microrregião (Mococa, São José do Rio Pardo, Casa Branca e São João da Boa Vista), São João da Boa Vista teve o melhor desempenho, ficando em 37º lugar no ranking nacional do Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros, com IBEU Municipal de 0,921, correspondendo à condição muito boa de bem-estar urbano (Mobilidade Urbana: 0,962; Condições Ambientais Urbanas: 0,960; Condições Habitacionais: 0,916; Serviços Coletivos Urbanos: 0,981; Infraestrutura Urbana: 0,783).

Já São José do Rio Pardo ficou em 77º lugar no ranking nacional, com IBEU Municipal de 0,915 (Mobilidade Urbana: 0,960; Condições Ambientais Urbanas: 0,983; Condições Habitacionais: 0,913; Serviços Coletivos Urbanos: 0,980; Infraestrutura Urbana: 0,742); e Casa Branca na 196ª posição do ranking nacional, com IBEU Municipal de 0,905 (Mobilidade Urbana: 0,954; Condições Ambientais Urbanas: 0,986; Condições Habitacionais: 0,890; Serviços Coletivos Urbanos: 0,985; Infraestrutura Urbana: 0,711), todas recebendo a classificação de condição muito boa de bem-estar urbano; o que revela que Mococa teve a pior colocação (364º lugar) neste ranking nacional que avalia o bem-estar urbano na comparação com estes municípios vizinhos.

Sobre o IBEU Municipal – “O IBEU-Municipal é composto por cinco dimensões: Mobilidade Urbana, Condições Ambientais Urbanas, Condições Habitacionais Urbanas, Atendimento de Serviços Coletivos Urbanos e Infraestrutura Urbana. Cada uma dessas dimensões é composta por número diferente de variáveis, mas todas elas contribuem com o mesmo peso para a definição do IBEU-Municipal. Como os critérios para construção do IBEU-Municipal foi o mesmo que o utilizado para as regiões metropolitanas, utilizando-se as mesmas variáveis e os mesmos procedimentos metodológicos, o valor correspondente do IBEU de cada município é relativo aos valores existentes do conjunto dos municípios brasileiros, que varia de zero a 1 - quanto mais próximo de 1 melhores são as condições urbanas, quanto mais próximo de zero piores são as condições urbanas”, informam os organizadores.

“Todas as variáveis foram utilizadas a partir do Censo Demográfico do IBGE, de 2010. Apesar da distância de seis anos entre a obtenção dos dados e a divulgação dos resultados, o IBEU-Municipal ainda pode refletir as condições urbanas da maior parte dos municípios brasileiros, como são demonstrados por meio da atualização de alguns dos indicadores utilizados no IBEU-Municipal que estão disponíveis para outras escalas de análise existente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, base de dados que também é construída pelo IBGE”, completam.

(COM INFORMAÇÕES: MOCOCA 24H)



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